Sex and the City

Posted on 12/07/2010

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Sem Sex e sem New York, mas isso é detalhe.

Hoje eu passei por um momento meio constrangedor do tipo que só acontece em seriados com personagens principais femininos ou em comédias. Poderia ser parte de um episódio de Cougar Town, ou Friends, ou Scrubs, ou qualquer outro seriado que vocês queiram. Mas em um seriado o carteiro seria bonito.

Sim, tinha um carteiro na história.

Hoje, depois de horas jogando Ragnarök, eu decidi tomar banho. Meus banho duram meia hora mas são muito bem tomados, e eu realmente me sinto culpada pelo tanto de água que eu gasto. Mas é que banho é tão bom!

Minha mãe passou e avisou: “eu e seu irmão vamos sair, mas não vai demorar.” Ignorei e continuei meu sagrado ritual de higienização.

Quando eu estava naquele minuto final de hesitação antes de fechar a torneira, o interfone tocou. Me enrolei na toalha, tropecei no tapete e perguntei quem era. “É o carteiro!”

Eu sabia que tinha que agir! Então eu corri para o meu quarto, coloquei um roupão, abri a porta e corri descalça até a frente da casa. Torcendo para que que fosse o carteiro bonito, porque atender a porta Sex and the City-like é muito mais legal com um carteiro bonito.

Mas não era. E o cara pediu meu RG. É muito óbvio que eu não estava com meu RG, porque ninguém carrega seu RG pro banho. Eu voltei, procurei minha carteira, peguei o miserável documento de identidade E VI QUE O CARTEIRO ESTAVA SEGURANDO UM PACOTE “PRIORITY MAIL” .

Ai eu fiquei muito feliz. Assinei todas aquelas linhas com um x, molhei todo o papel porque eu estava pingando e, wow, lá estava meu pacote do eBay.

Mas pra provar que eu não estava em Sex and the City o carteiro olhou pra minha e cara e falou: “Coitadinha, te tirei do banho?”. Não, estou encharcada de tanto chorar, moço. [/sarcasmo]

Eu queria ser a pessoa a abrir o pacote e queria colocar roupas, um claro conflito de interesses. Então eu larguei tudo na sala e fui para o meu quarto procurar alguma coisa que estivesse limpa.

Nisso o bastardinho do meu irmão chegou e abriu o pacote.

O que isso tem de mais? Nada, só queria dividir com vocês, porque foi a primeira vez que eu fui atender a porta de casa de roupão. De pijama eu já atendi várias vezes e tudo, mas de roupão é diferente. Dá uma sensação de que a rua toda está de te observando.

Acho que me dei mal, já que meus vizinhos são muito fofoqueiros.

Amanhã, no Diário de Assis: “menina atende a porta de casa pelada”. Não duvide.

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